sábado, 26 de junho de 2010

Pra sempre


Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre sem saber que o pra sempre sempre acaba...



Todas as tuas relações que não deram certo entraram pra uma estatística mental que te faz pensar duas vezes antes de se envolver com alguém. A decepção é algo muito natural. Só os pandas, os pingüins, os golfinhos e outros bichos com o dom da fidelidade é que vivem com uma única parceira a vida toda. Mas tu crê cegamente que tu é um desses bichos. ‘É pra sempre’... Concordo que seja pra sempre, mas pra sempre enquanto durar.

O pra sempre é um pedacinho de infinito plantado entre a vida real e o nosso coração. E esse pra sempre, infelizmente, às vezes é mais curto que desejamos...

O pra sempre é um momento mágico. Insubstituível. Inesquecível. Não há arrependimento que faça com que ele seja esquecido. O que um dia foi pra sempre no mundo real vai continuar sendo pra sempre na tua memória. Mas isso muitas vezes também não é muito bom.

É o caso de quando tu queres esquecer aquele momento porque a simples lembrança dele passa a te perturbar a ponto de te deixar com tanta raiva, raiva de ti mesmo, raiva de todos e do mundo.

Quando a raiva passar, o pra sempre vai permanecer, e é preciso saber utilizá-lo da melhor forma, nem que seja só pra tomar cuidado com tuas escolhas futuras.

Saber aproveitar o momento é a grande questão, e a melhor forma de se conseguir isso é deixar de lado tudo e esquecer os problemas... Hakuna Matata! x)

‘Eu sei que é pra sempre enquanto durar e eu peço somente o que eu puder dar...’ (Titãs - Porque eu sei que é amor)

Acabaram as provas, enfim. Férias...

É isso.


terça-feira, 22 de junho de 2010

No inverno as feridas demoram mais tempo pra cicatrizar

De súbito algo nos machuca. Dói. Muitas vezes sangra. Então nos vemos diante de uma ferida, uma mácula, um pedaço de nosso eu que foi machucado e que nos faz sentir infeliz pelo tempo que demore a melhorar.

Mas as feridas melhoram com o tempo. O tempo é relativo. Algumas feridas podem demorar anos pra sarar completamente, outras saram num piscar de olhos. Tudo depende do momento. Nas estações quentes, as feridas costumam sarar mais rapidamente, enquanto no inverno demoram uma eternidade.

E quanto às feridas do coração? Ahh, essas também demoram muito pra sarar no inverno.

Um amor de verão é um amor de verão. Dá, e passa... Piscou o olho, e já há outro amor, tão maravilhoso quanto o anterior. Por isso o Carnaval é no verão, né?!

No inverno, talvez por causa do clima, as relações ficam mais estreitas: é bom ficar juntinho o tempo todo, o calor humano aquece o corpo e o coração ao mesmo tempo. O romantismo está no ar. Um jantar, um vinho..., é dia dos namorados, afinal!

Mas quando a magia do amor de inverno acaba, já que nada é pra sempre - nem amores nem desamores -, só nos resta a ferida, absurdamente dolorida e profunda. O frio da madrugada parece ser mais gélido que o normal, lá fora não há uma flor sequer pra lembrar que ainda há beleza apesar da dor, o velho Cabernet perde o sabor e a lua, eterna companheira dos amantes, se esconde atrás das nuvens.

Longos dias, longas noites, longos meses de frio e solidão, mas enfim chega a primavera. A esperança ressurge no desabrochar da primeira rosa. O verão está próximo, e com ele seus amores.

Hoje eu cortei meu dedo, ta doendo, e só Deus sabe quando vai cicatrizar. O coração... bom, esse já tá acostumando.

*Texto originalmente escrito em 14/06/10.

domingo, 20 de junho de 2010

Planejamento (parte 2) – A vida real


As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam, aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem...


Como continuidade de um post anterior, volto a falar do planejamento. Ahh, o planejamento...

Regra principal: Não há planejamento, ou não deve haver, pelo menos.

O fato de tu planejares algo, não importa se é em relação ao jantar de hoje à noite ou à necessidade de limpar a gaiola do teu periquito (sem conotações!), já te cria uma expectativa a ponto de te deixar muito frustrado no caso algo de sair errado e o planejado não se efetivar de fato. Expectativas são boas quando atendidas. Quando são seguidas de decepções, bom, aí o mundo vem a baixo... Pra evitar contratempos, não pode haver planejamento nesse sentido.

Num relacionamento, tu sempre entra com certa cautela. Fé cega e pé atrás, como diria HG. Mas a expectativa sempre surge, independente de tudo.

Tu nunca planejas que vai acabar. Se tu planejas isso, é sinal que já acabou mas tu ainda não chegou a essa constatação. E se tu der o ponta-pé inicial pensando em como será o apito final, então é melhor deixar a bola de lado e ir pra casa ver um filme e comer pipoca sozinho. Mas eu entendo, as pessoas que pensam assim normalmente acabaram de se decepcionar.

Assim como não se planeja o amor, não deve se planejar a decepção. Isso é loucura! Ter uma música guardada na manga do casaco pra ouvir quando estiver triste é coisa de quem não acredita que pode ser feliz! E não venha me falar em prevenção...

Qual é o nexo existente entre uma decepção anterior e a possível futura decepção? Nenhum! Não é porque tu te machucaste ao cair de bicicleta que tu vais parar de andar de bicicleta, ou que toda vez que tu andar de bicicleta vais te machucar. Isso não faz sentido! Não é porque tu jogaste uma moeda duas vezes e, por coincidência, os resultados foram iguais que essa moeda tem dois lados iguais! Duas, três, quatro vezes. Isso não significa nada. Tudo é probabilidade. E, segundo a matemática, ela continua sendo de 50%.

Tá, eu sei que se tratando de relacionamentos, probabilidade nunca é exata, muito menos confiável. Mas eu quero acreditar que é.

Não planeje. Se jogue de cabeça, ou então deixe o coração na geladeira. Mas saiba que a segunda opção não é muito indicada. A angústia de não ter quem se deseja só não é pior que a de não ter alguém em especial pra desejar.

Ame, se decepcione, corra atrás! O arrependimento de não ter feito é imensamente maior do que o de ter feito, mesmo que errado ou com a pessoa errada.

Viva! Não pense no amanhã, não deixe nada pra depois. Não deixe a vida passar. Aproveite teu tempo. Semana que vem pode nem chegar...

É isso. Valeu!

sábado, 19 de junho de 2010

Prefácio

Teorias detalhistas e visões criticas até demais. Uma junção de idéias mentirosas e músicas filosóficas, uma avalanche de idéias claras porém racionais, cujo único desejo é apenas não sê-lo. Esse misto de idéias irreverentemente desconexas, a princípio, agregou-se à Beatles, Martha Medeiros, Lost, Vera Loca e uma paixão gaúcha com uma pitada de romantismo fora de série.

Constantemente em busca do melhor e do maior, contador de histórias nato, está à procura de uma companhia, cachorros servem. Estas linhas tortas se preencherão em uma tentativa de desorganização racional em que todo conhecimento e todo pensamento adentram madrugadas frias saboreando o velho Cabernet que agora me mancha o tapete.

A ficção tornou-se a realidade aqui dentro e as palavras já não possuem mais dono, nem talvez, sentido a longo prazo. O momento comandará, não no início obviamente, afinal o tempo será o capitão destas próximas palavras. Essa conexão com o passado transformou-se em uma epilepsia tal, capaz de fazer os óculos do John caírem ao olhar do Paul.

Tudo o que me resta falar é que com certeza este não será um blog comum, e nem um universo paralelo mediano, reunirá as idéias mais extremas e a perspicácia, vossa excelência. Não me prendo mais, discretamente me afastarei para deixar os náufragos que aqui se encontram lendo esta tentativa de prefácio, perdidos na calmaria que é esse mar de idéias, sabendo claro, voltar para casa.

Por Carolina De-Zotti

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Planejamento (parte 1) – No futebol

No futebol, a probabilidade de que algo que tu planejou dê certo é infinitamente maior se tu fizer exatamente como o planejado. Mas algumas vezes, do nada, tudo começa a desmoronar... Aí a situação fica trágica. Acompanhe a historinha...

Tu é um jogador de futebol. Tu joga na seleção do teu país. Não é um país de tradição nesse esporte. Tem por história não possuir grandes conquistas. Tu treina quatro anos pra ir pra Copa do Mundo no continente que tu tem como casa. Tu é muito importante no teu time. Tu joga a vida ali.

Inicia a Copa do Mundo. O mundo inteiro em festa. Os olhos de todos virados pra ti. Tu só tem que seguir o script. Ou tentar seguir... Por não ter tradição expressiva no futebol, teu time tem que lutar com outros times que têm tanta vontade quanto a tua de vencer. Não há favoritos no teu grupo. É só jogar com consciência.

Começa o jogo contra teu adversário direto. Quem vencer tem grandes possibilidades de avançar pra próxima fase. A partida tá na metade. Teu time tá ganhando, mas o jogo é muito igual. Tudo pode acontecer, mas tu tá na vantagem. Por algum motivo alheio ao do esporte, tu se zanga com o jogador adversário.

E agora?

Opção A: Reclama com o juiz e arrisca tomar advertência ou até cartão amarelo por reclamação.

Opção B: Tu tira satisfação com o adversário. Empurra o cara, e é separado pelos demais jogadores. Ambos recebem cartão amarelo e uma baita bronca.

Opção C: Tu f*** geral. Praticamente acaba com o jogo, e com a confiança que o treinador deposita em ti. Essa é a mais comum.

É, a última opção foi a escolhida do nigeriano Kaita. O cara conseguiu fazer o improvável. Os dois tavam fora do campo, e do nada ele tentou dar um chute no outro sem motivo aparente. Não acerta, mas nessas condições a mera tentativa já configura uma agressão. A simulação é conseqüência, aí o árbitro puxou logo o vermelhinho. Fora, Kaita...

A Nigéria ganhava por 1x0. Depois disso a Grécia virou. Agora a Nigéria ficou quase sem possibilidades de classificação. Por ser expulso, Kaita pegou uma suspensão e não joga o próximo jogo. Assim, esse foi o último jogo dele na copa. Todo o planejamento foi por água abaixo. O sonho de quase 150 milhões de torcedores nigerianos se dissolveu numa atitude irracional de um único sujeito: Kaita.

Nem sempre as coisas acontecem como o planejado. Muitas vezes fogem do controle por circunstâncias alheias às nossas forças, mas outras tantas por culpa de pessoas como esse cara aí.

Hey, Kaita, quero ver tu explicar pra tua mãe isso, meu caro... hahaha.

É isso. Valeu!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Apresentações...


Muito bem. Isso é uma coisa que venho idealizando há meses, sempre quis ter um blog. Por falta de tempo, ou preguiça mesmo, nunca tive a oportunidade. Eis que ela surgiu, impulsionada por outros blogs que costumo ler com frequência. Esses aí no lado...

Talvez eu faça esse blog pra satisfazer minha própria vontade de escrever, contrariando o objetivo principal de se ter um blog: ter leitores. Não chego ao ponto de ser egoísta, se alguém se interessar pelo conteúdo vou ficar mais satisfeito ainda. Se alguém comentar, então, irei ao delírio. Caso nada disso aconteça... bom, aí eu largo isso e continuo com minha faculdade... haha.

Tenho consciência de que cuidar de um blog não é como dar uma twittada de vez em quando. Um blog merece um cuidado especial, e eu tô disposto a fazer isso.

Quanto ao endereço do blog, imaginei os mais ilários nomes, mas todos estavam ocupados por blogueiros desorientados, que lamentavelmente não postavam desde a década de 90. O atual endereço faz uma analogia à língua inglesa 'aportuguesada'. Stei wit mi (ou stay with me = fica comigo) de forma alguma é um pedido de socorro, pra mim soa como um convite. Convite de entrar e tentar me entender, entender o que eu tento fazer com que o leitor entenda. Ou então ver se tem alguma besteira pra rir.

Quanto ao título, 'Não entre em pânico!', é uma referência a um livro que li, 'O Guia do Mochileiro das Galáxias', que faz inúmeras críticas ao sistema como um todo. Eis um dos motivos da criação desse blog: criticar, criticar o que quer que seja, quem quer que seja. E ser criticado, evidentemente.

Vou tentar fazer posts curtos, que chamem atenção e não cansem quem o lê. É esse tipo de post que costumo ler. Vou tentar relacionar o texto com imagens, sempre que possível. Imagens que signifiquem alguma coisa, já que 'uma imagem vale mais que mil palavras'.

Sim, eu conjugo o verbo de forma errada pra dar um ar menos formalista. Não me corrijam, por favor... hahaha.

Pra um primeiro post acho que tá legal. O bom disso é que eu posso editar o que eu quiser na hora que eu quiser. Se existisse uma ferramenta de edição na vida, pra mim ela seria muito útil.

Bom, estão feitas as apresentações, agora é içar velas e tocar o barco, porque 'navegar é preciso senão a rotina te cansa'...

Vida longa ao blog...

É isso aí, valeu.